A AT&T Global Network Services Brasil admite que enfrenta desafios para bloquear sites apenas no Rio de Janeiro, afirmando que, se o bloqueio for realizado, afetará todo o território nacional.
Em uma carta enviada na última sexta-feira (5) à 13ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, a AT&T Global Network Services Brasil, subsidiária brasileira da gigante americana de telecomunicações, explicou que, devido a limitações técnicas e tecnológicas, é inviável restringir o bloqueio de websites apenas ao estado do Rio de Janeiro.
"A questão é que, por razões eminentemente técnicas e tecnológicas, a AT&T não consegue implementar o bloqueio conforme determinado judicialmente. Ou seja, não é possível que o bloqueio dos websites fique restrito apenas ao Estado do Rio de Janeiro", esclareceu a empresa.
A operadora também informou que, se o bloqueio solicitado for efetivado, ele será implementado em todo o Brasil. "Se o bloqueio das URLs mencionadas for implementado, o acesso aos referidos sites será suspenso em todo o território brasileiro, o que não nos parece ser o determinado pelo Egrégio Tribunal Regional Federal da 1ª Região", comentou a AT&T.
Informações não confirmadas sugerem que outras operadoras, como Vivo e Claro, também estão enfrentando dificuldades semelhantes. Essas empresas teriam enviado ofícios à ANATEL questionando o procedimento a ser adotado, uma vez que bloquear as plataformas de apostas esportivas e jogos online apenas no Rio de Janeiro é tecnicamente inviável.
Conforme informado pelo BNLData, a operação para suspender sites de apostas esportivas e jogos online exclusivamente no Rio de Janeiro apresenta um alto grau de complexidade.
Na tarde desta sexta-feira (5), surgiu a informação de que a Claro tentou bloquear os sites no Rio de Janeiro, mas acabou afetando o acesso em todo o país, necessitando reverter a ação imediatamente. Empresários solicitaram ao editor do BNLData a verificação se os sites ainda estavam operando no Rio de Janeiro.
O fato de todas as plataformas de apostas continuarem em operação no estado do Rio de Janeiro, mesmo após cinco dias da notificação da ANATEL, demonstra a dificuldade técnica dos provedores em implementar o bloqueio de sites (domínios/sites/DNS, IPs, URLs e ASNs) apenas naquela região.
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